
Portugal ruma em direcção ao totalitarismo: com agentes provocadores, perseguições e até um índex de obras subversivas ...
Os polícias disfarçados de manifestantes que foram
identificados em várias imagens não são agentes infiltrados, mas algo muito
pior. Tratam-se de agentes provocadores e têm como objetivo provocar ou
justificar ações violentas da polícia. É uma técnica bastante antiga, que foi e continua a ser
amplamente utilizada.
Nenhum agente policial foi alvo de processos disciplinares
e, tanto quanto se sabe, não foram investigadas as violações aos direitos
constitucionais dos que foram detidos a 14 de Novembro. Aliás, o processo
contra Mariana Avelãs, do movimento Que se Lixe a Troika, demonstra a vontade
do governo de silenciar pela força os movimentos sociais.
Agora, parece que a polícia possui um registo de obras
subversivas que, ao contrário do que é prática mesmo em regimes autoritários,
não é pública. Segundo o Sol, a polícia refere-se explicitamente a uma máscara
de "filmes subversivos de derrube do poder instaurado" que terá sido encontrada na posse de um dos manifestantes detidos. Acontece que
se trata de um filme comercial, baseado numa graphic novel do celebrado Alan Moore, que foi visto em Portugal por alguns milhares de pessoas e, inclusive,
já passou na televisão. A dita máscara é uma peça de merchandising do filme e,
além dos Anonymus, é utilizada por milhares de pessoas.