A Semiologia da Irrevogabilidade

Afinal, parece que umas coisas são mais irrevogáveis que outras.


Este é um argumento ao estilo Paris vale uma missa, da autoria do protestante Henrique IV quando, às portas de Paris, viu a sua coroação depender de uma cerimónia católica. Para os seus correligionários protestantes, Henrique estava apenas a mostrar sentido de responsabilidade e a aceitar um preço relativamente modesto. Na realidade, o pretendente a rei de França estava a converter-se ao catolicismo. O preço era esse e não era nada barato.

O PP e Paulo Portas vendem-se por muito menos. Basta promoverem Paulo Portas a uma espécie de Primeiro Ministro não oficial para ele revogar o irrevogável e para o PP montar uma complexa semiologia da irrevogabilidade.

O preço de Henrique IV era a conversão ao catolicismo. 
O preço de Paulo Portas é fazer figura de parvo! 
Nenhum comunicado no mundo consegue anular este facto.

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