O Cavaquês

Agências Noticiosas com interpretações divergentes do discurso de Cavaco (Público)

Cavaco faz uma comunicação definitiva, mas lacónica. Assertiva, mas incompreensível. A bem do interesse nacional, mas centrada nos interesses dos credores.

Em suma, Cavaco disse que o governo e o PS se teriam que entender e que só aceitaria eleições em Junho de 2014, apesar de os Socialistas se recusarem a entrar para o governo sem eleições antecipadas.

Recusou a fórmula proposta por PSD e PP, mas diz que o governo continua plenamente em funções, o que é, no mínimo, altamente contraditório.

Afirmou que o governo continua em funções, mas retirou-lhe a legitimidade, que faz depender de um acordo com o PS, e, de qualquer forma, anunciou publicamente a sua morte para o próximo Junho. Aliás, tendo em conta que o governo está em frangalhos, não se consegue perceber quem é que ele acha que está ainda em funções.

Ameaça os partidos com um governo de iniciativa presidencial, omitindo que um governo presidencial não dura dez minutos se não estiver blindado por uma maioria no Parlamento. Basta uma moção de censura para cair.

Assume-se como o garante da Constituição, mas reconhece a primazia dos mercados sobre a própria democracia.

Enfim, não é de estranhar que as agências de notícias andem muito confusas.
O melhor resumo da comunicação de Cavaco é mesmo o do Der Terrorist!

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