Portas ao CDS:"O acordo é bom para Portugal e para a coligação" (Público)
A montanha prepara-se para parir uma ratazana de esgoto. Depois de uma semana de demissões irreversíveis e de uma carta a admitir o falhanço da austeridade pelo próprio arquiteto da mesma, parece que tudo não passou de uma opereta de quinta categoria. Deu para perceber que quem manda em Portugal são os credores, se ainda existissem dúvidas, e o ego do Paulo Portas encheu com a ideia que consegue meter a Europa a tremer.
Agora, vão dançar uns ministros, saltar uns secretários e aparecer mais meia dúzia de funcionários dos credores a tratar da liquidação definitiva do país. O presidente vai continuar a fazer de contas que a generalidade do país, a começar pela própria coligação, não o acha um palhaço. A Europa vai insistir no exemplo português como prova do sucesso das políticas de austeridade, apesar de abundarem as provas em sentido contrário e da situação económica se deteriorar a cada dia.
Por fim, o bom povo português vai continuar a fazer passeatas fúnebres e a cantar o fado, sem perceber que não lhe faltam motivos para encher mil praças Tahir.